Então apoiei um braço
na vitrine da antiga loja do
centro,
ao telefone um jornalista
perguntava
sobre a cena literária da cidade
(não que alguém se importasse).
E alguém que tinha
um lado do rosto
perfeito
mas o outro
completamente ao contrário,
como se invertido
e recolocado,
me olhou tão diretamente
por quatro
ou cinco segundos
que nem sei como respondi
à pergunta sobre a importância
das leis municipais
de incentivo à cultura.
a assimetria na verdade escondida
quando ele me olhou
a fração de tempo que levei para
entender o que era real
a decisão imediata de escrever
sobre aquele momento:
tudo isso é poesia
......................................................................................... (palavras não).
3 comentários:
Excelente poema, gostei muito (não que essas coisas tenham relação, mas enfim)...
Muito bom!! É de novo vc afirmando que é a vida a arte. Adorei!
tb acho mto bom.
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